sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Black (PS2 / Xbox)



OMFG! CRITERION! OMFG! BURNOUT! OMFG! RENDERWARE! Esse era o burburinho que rolava e com essas 3 palavras, Criterion, Renderware e Burnout, foi criado mais um hype. Ouvimos todos os tipos de comentários a respeito do Black antes de ele sair, que seria a oitava maravilha do mundo, que teria IA impressionante, jogabilidade fabulosa, que seria lindo e que os FPSs tremeriam ante ao poderoso Black.

A Criterion estava em um ótimo momento, a série Burnout estava com nas mãos dela, eles estavam fazendo um trabalho extremamente competente, e caíram na besteira de fazer um FPS. Não me levem a mal, o jogo é bonito, muito bonito, mas só isso não consegue salvá-lo, ele sofre de sérios problemas, como por exemplo o sistema de colisões. Não é incomum o player acertar diversos tiros nos inimigos e eles simplesmente não morrerem. Incomoda bastante descarregar um pente da sua arma no inimigo e ele ainda continuar vindo pra cima de você. Pior, as vezes tiros na cabeça não matam! Queria saber em qual dimensão um cara toma um tiro na cabeça e fica de boa. :)

Outro problema sério com o jogo é a inteligência artificial dos inimigos, ou a burrice artificial, como preferirem. Não agem em bandos, não se tocam se você se aproxima fazendo algum barulho, em suma, são burros, muito burros. Não tão burros quanto em Doom, mas ainda assim asnos completos.

Entendam, Black pra PS2 é um sinônimo de jogo excelente, mas pra quem tem / teve Xbox o jogo não passa de um FPSzinho bonitinho e meia-boca. Todo mundo amou Black porque a maioria das pessoas têm PS2, que sofre de uma ampla falta de FPSs decentes. Half Life talvez, mas é o melhor que temos no PS2. Killzone é tosco (e é um sub-jogo que eu quero escrever) e a série Medal of Honor é fraca (outro sub-jogo ou sub-série, mas cada coisa a seu tempo). Não há bons FPSs no PS2, nada como (o repetitivo) Halo ou (a excelência) Half Life 2 ou mesmo o (muito xingado) Doom 3. Então os jogadores ficam abismados com a capacidade do jogo, acham a oitava maravilha do mundo. Comprem um Xbox e joguem os FPSs dele, vocês mudarão de idéia rapidinho sobre o Black. Quem ama Black é porque só tem PS2.

Em suma, é um jogo lindo!? Putz, não tenho a menor dúvida e repito: é um dos jogos mais bonitos do PS2 ou mesmo do Xbox. A jogabilidade é bem marromenos, a IA é estúpida e os inimigos praticamente imortais. É um jogo que dá pra passar a vida toda sem jogar, ele é perfeitamente dispensável. Ou melhor, é um sub-jogo, bonito, praticamente um demo técnico (fica quieto aí no seu canto, Crysis, não estamos falando de você) mas de divertido mesmo, só pros PS2 owners e pela falta de opções do gênero.

Se não tivessem feito tanto hype em cima dele eu não estava aqui escrevendo sobre ele, teria passado em branco um joguinho meia-boca e ficaria tudo assim. Mas o hype foi feito e minha obrigação foi cumprida.

Sub-jogo sim, sem nenhuma dúvida!

UPDATE
Fazendo justiça: Timesplitters é bem bacana mesmo, como disse o Fabão. Eu me esqueci dessa série.
:)

5 comentários:

Unknown disse...

Ei, BBB, você se esqueceu de que o PS2 tem TimeSplitters. Mano, os três são jogões! Lembro das LAN parties divertidíssimas que fiz com os manos jogando TS3. ^_^
Mas concordo que Black é overrated pacas. Até uma de suas qualidades mais louvadas é artificial: destruição de cenários. Red Faction fez melhor bem antes dele.
Eu acho um jogo bão, mas só isso. :P

Abraços,

Fabão

Anônimo disse...

Black eu ainda não joguei, mas ele e Killzone são consideradas a nata dos FPS pra PS2.

Killzone eu já tenho certeza que é um sub-jogo, só falta testar o Black.

E Call Of Duty é foda.

Anônimo disse...

Desgranhento!
Outro jogo que me você me fez repensar sobre a qualidade técnica...
Black me deixou louco pelo gráfico. (Na época até tinha um Gamecube, mas nem ele, nem o PS2 possuíam FPS decentes - considerando que Metroid Prime é aventura, e não FPS)
Quanto ao restante de falhas do bicho, ok...ele é realmente um sub-jogo no PS2 e no XBOX não possui razão de existir, visto que o console tem FPS tão ou mais bonitos quanto. Riddick é muito mais bacana!

Anônimo disse...

Bruno, tu que é ruim.

;)

dariusdan disse...

Tá parecendo que o autor achou o jogo difícil e não conseguiu acompanhar. Inimigos imortais? Tiro na cabeça que não mata? Muito pelo contrário. Terminei esse jogo pela primeira vez no easy achando difícil já, mas o bom mesmo é jogar ele no hard, onde o jogo não te dá medkits nem munição solta no cenário. É um FPS ao estilo clássico, sem essas frescuras de buscar cobertura automaticamente apertando só um botão ou usar machineguns montadas no cenário que sopram inimigos como confete. Tirando uma ou duas fases onde você tem dois ou três soldados te dando assistência, o resto é por sua total conta, e o mais legal é que essa campanha individual é justificada pela temática do jogo de "Black Ops" e pela história contada através dos vídeos de interrogatório entre as fases. Tem que pegar a prática, tem que ter a manha. É preciso definir estratégias para adentrar um ambiente infestado de soldados e sair vivo pra contar a história, e isso inclui aprender o comportamento dos mesmos e antecipar suas ações. Até concordo com a IA simples, mas nem por isso chegam a ser burros. O maior problema da IA é o fato de os soldados não saberem se deslocar para longe e buscar outras posições quando estão sob fogo, mas ainda assim eles sempre procuram cobertura no cenário quando atacados, e mesmo isso só acontece em cenários mais abertos. Tenho um X-Box 360, joguei os Halos, Half-Lifes, Time Splitters e mais um monte que não convém citar, mas Black ficou marcado na minha cabeça como uma das coisas mais legais que eu já joguei de FPS na minha vida. Dá uma olhadinha com mais atenção e repense sua idéia sobre este excelente jogo.